Steven Spielberg sempre sonhou em fazer o filme, ele só pode
planejar o seu antigo sonho quando terminou “Contatos Imediatos de Terceiro
Grau” e dirigiu “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” do amigo George
Lucas. Convidou uma aspirante a roteirista chamada Melissa Mathison para fazer
o script. Melissa quase recusou o convite, afinal, dizia ela, não era
escritora, mas tinha um baita talento. Graças a ela, grande parte da trama
final foi concluída, e muita coisa desnecessária do roteiro de Spielberg foi
apagada. Concluído roteiro, faltava agora criar o visual para o alienígena que
leva o nome do filme. Perfeccionista como sempre, Spielberg queria que o E.T.
se diferenciasse de todos os aliens já vistos no cinema. Não queria que ele
fosse uma pessoa vestida com um macacão, pensando nisso, recrutou o designer
italiano Carlo Rambaldi. Rambaldi foi o responsável pelo visual bizarro do
bichano e também pela manipulação do boneco mecânico do personagem. Só para
criar os movimentos do boneco, eram necessárias mais de cinco pessoas. Em
algumas cenas, dois anões e um garoto de pernas amputadas tiveram que fazer o
alienígena, vestidos à caráter.

Pode-se notar que o filme é centrado no universo infantil.
Durante a primeira metade do longa, os adultos são mostrados apenas da cintura
para baixo, com exceção da mãe, Mary. Quando a história ganha um clima sombrio,
os adultos aparecem inteiros, dando a impressão de que corromperam os sonhos
das crianças. O filme também tem um toque autobiográfico de Spielberg. Os
personagens principais têm os pais divorciados (durante o filme, dizem que o
pai está no México com Sally), situação que o diretor sofreu na infância. O
E.T. surge na vida de Elliott para preencher o espaço deixado pelo pai.
Completando trinta anos, “E.T.” emociona nos contando a
história da amizade de um garoto com um alienígena, e o esforço de ambos para “telefonar
para casa”. Com cenas memoráveis, como o passeio de bicicleta ao luar e a
despedida final, o filme é uma daquelas lembranças do que vivemos de melhor na
infância.
Por: M. Júnior
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