O Homem-Aranha poderia ser a imagem de uma nova tendência,
o perfil de um quase anti-herói em sintonia com os novos tempos”.
Stan Lee.
A frase
acima explica apenas uma pequena parcela em torno da grande teia de influência
que o Homem-Aranha exerce na atual cultura pop. Nunca um personagem de historia
em quadrinhos causou tanta emoção e, sobretudo identificação entre os leitores.
Mesmo depois de passados cinquenta anos de sua criação, o herói ainda encanta
gerações de crianças e adolescentes, que partilham com ele as inseguranças e
frustrações da puberdade. O cabeça de teia não é um encapuzado bilionário e
muito menos veio de outro planeta. Ele é igualzinho a eu e você. Passa pela
fase mais conturbada da vida e tem espinha na cara.

Convencidos
do potencial do herói, a Marvel lançou em 1963 a primeira revista própria dele
que dura até hoje. “The Amazing Spider Man” foi o gibi que mais vendeu nos anos
60. A contracultura se destacava, as pessoas
lutavam por seus direitos, e temas e tabus começavam a ser debatidos. Stan Lee aproveitou
o embalo e tratou de temas como as drogas e a guerra do Vietnã nas paginas da revista
do aranha. Essa iniciativa do inventivo escritor influenciou outras HQs, ate
mesmo as da rival Dc Comics.
Lendo as antigas
historias do nosso querido amigo da vizinhança, percebe-se a genialidade na
construção do personagem que cerca Peter Parker. Nunca se viu em qualquer outro
gibi, figuras tão carismática e envolvente. Eles são gente igual ao seu vizinho
ou ao seu professor, pessoas como as que nos esbarramos em nosso dia-a-dia, mas
talvez o mais brilhante na concepção de Lee seja o próprio Parker. Ao vestir a
mascara, o garoto esquece os seu sofrimento, deixa a timidez de lado e se
liberta, ao ponto de soltar piadas infames e fazer coisa coisas que sempre
sonhou, mas nunca imaginou fazer. Quantos de nós nunca sonhou viver um mundo
assim?
Por: M.Junior
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