quinta-feira, 28 de junho de 2012

30 Anos de E.T. – O Extraterrestre



Existem certos filmes que parecem não envelhecer. Quanto mais os anos passam, mais a mensagem presente neles se fortalece e se mantém atual. Talvez o melhor exemplo desse tipo de filme seja o clássico “E.T. – Extraterrestre”. Sem sombra de dúvida, o filme marcou a infância de muita gente, e continua marcando, mesmo depois de três décadas de existência. O longa é um documento fiel de uma época em que o cinema ainda mexia com a emoção das pessoas, e o retorno financeiro não era prioridade. Com uma história divertida e comovente, “E.T.” é capaz de reunir a família inteira no sofá e agrada tanto as crianças como os adultos. 

Steven Spielberg sempre sonhou em fazer o filme, ele só pode planejar o seu antigo sonho quando terminou “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” e dirigiu “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” do amigo George Lucas. Convidou uma aspirante a roteirista chamada Melissa Mathison para fazer o script. Melissa quase recusou o convite, afinal, dizia ela, não era escritora, mas tinha um baita talento. Graças a ela, grande parte da trama final foi concluída, e muita coisa desnecessária do roteiro de Spielberg foi apagada. Concluído roteiro, faltava agora criar o visual para o alienígena que leva o nome do filme. Perfeccionista como sempre, Spielberg queria que o E.T. se diferenciasse de todos os aliens já vistos no cinema. Não queria que ele fosse uma pessoa vestida com um macacão, pensando nisso, recrutou o designer italiano Carlo Rambaldi. Rambaldi foi o responsável pelo visual bizarro do bichano e também pela manipulação do boneco mecânico do personagem. Só para criar os movimentos do boneco, eram necessárias mais de cinco pessoas. Em algumas cenas, dois anões e um garoto de pernas amputadas tiveram que fazer o alienígena, vestidos à caráter. 

Spielber foi cuidadoso na escolha do elenco. A primeira atriz contratada foi Drew Barrymore, que ganhou o papel da irmã de Elliott, Gertie. Drew tinha apenas seis anos na época, e chegou a chorar de verdade nas cenas dramáticas do filme. Logo depois Dee Wallace ficou com o papel da mãe de Mary, Robert Macnaughton do irmão mais velho Michael, e finalmente Henry Thomas como o protagonista Elliott.
Pode-se notar que o filme é centrado no universo infantil. Durante a primeira metade do longa, os adultos são mostrados apenas da cintura para baixo, com exceção da mãe, Mary. Quando a história ganha um clima sombrio, os adultos aparecem inteiros, dando a impressão de que corromperam os sonhos das crianças. O filme também tem um toque autobiográfico de Spielberg. Os personagens principais têm os pais divorciados (durante o filme, dizem que o pai está no México com Sally), situação que o diretor sofreu na infância. O E.T. surge na vida de Elliott para preencher o espaço deixado pelo pai.

Completando trinta anos, “E.T.” emociona nos contando a história da amizade de um garoto com um alienígena, e o esforço de ambos para “telefonar para casa”. Com cenas memoráveis, como o passeio de bicicleta ao luar e a despedida final, o filme é uma daquelas lembranças do que vivemos de melhor na infância. 
Por: M. Júnior

Nenhum comentário:

Postar um comentário